A República da Zâmbia torna-se oficialmente co-proprietária da refinaria de petróleo do Lobito, em Angola

A República da Zâmbia torna-se oficialmente co-proprietária da refinaria de petróleo do Lobito, em Angola

A Zâmbia tornou-se oficialmente co-proprietária da refinaria de petróleo do Lobito, em Angola, ao adquirir 26% do capital do projecto, numa aposta estratégica que visa reduzir a dependência de combustíveis importados e reforçar a cooperação energética regional.

O acordo, considerado histórico por analistas regionais, foi anunciado esta semana e prevê a construção de um oleoduto de cerca de 1.400 quilómetros, que ligará directamente a refinaria ao território zambiano, permitindo o transporte eficiente dos derivados do petróleo até Lusaka.

Com a entrada em funcionamento da refinaria prevista para 2026, a Zâmbia espera cortar custos logísticos, melhorar a balança cambial e assegurar o abastecimento interno de combustíveis, num cenário em que o continente africano procura fortalecer os seus mecanismos de integração e auto-suficiência energética.

Além de Angola e Zâmbia, também a República Democrática do Congo manifestou interesse em participar no projecto, cujas obras de engenharia e financiamento contam com apoio de parceiros internacionais, incluindo bancos de desenvolvimento africanos.

A refinaria do Lobito terá capacidade para processar 200 mil barris de petróleo por dia, o que a posicionará como uma das maiores infra-estruturas de refinação da África Subsaariana. A sua gestão será partilhada entre os países accionistas e poderá impulsionar o surgimento de uma cadeia de valor regional em torno da energia e derivados.

Representantes dos governos angolano e zambiano destacaram o gesto como um avanço real na concretização dos objectivos da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) e um exemplo de cooperação pragmática entre países vizinhos com interesses comuns.

O projecto integra ainda medidas de contenção ambiental, formação de quadros locais e programas de desenvolvimento comunitário, numa altura em que os países africanos buscam garantir não apenas crescimento económico, mas também justiça energética e sustentabilidade social.

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