Greve de Taxistas em Angola Termina em Violência e Detenções

Greve de taxistas em Angola termina em 22 mortes e mais de mil detenções após confrontos em Luanda

Greve de Taxistas em Angola Termina em Violência e Detenções
Introdução
Uma greve de taxistas em Angola, iniciada como reação ao aumento do preço dos combustíveis, transformou-se em uma onda de violência urbana com caráter político. O governo angolano confirmou a morte de 22 pessoas, incluindo um policial, além da detenção de 1.214 manifestantes nos protestos.
Contexto e Desenvolvimento da Greve
A paralisação, que começou como uma reação ao aumento do preço dos combustíveis, rapidamente deu lugar a saques, confrontos com a polícia e atos de vandalismo. Apesar da presença de forças de segurança nas ruas da capital, jovens continuaram a desafiar os agentes, bloqueando vias, saqueando lojas e incendiando veículos.
Analistas angolanos consideram que os protestos violentos registrados na segunda e terça-feira, 28 e 29 de julho, em Luanda, eram previsíveis diante da deterioração das condições de vida da população. Luanda. LUSA – Ampe Rogério.
Reações e Consequências
Analistas angolanos consideram que os protestos violentos eram previsíveis diante da deterioração das condições de vida da população. O aumento do custo de vida e a falta de resposta governamental acirraram o clima de revolta. O ministro do Interior de Angola, Manuel Homem, destacou que os atos de vandalismo colocaram em risco a segurança pública não apenas em Luanda, mas também em cidades do interior.
Depoimentos e Perspectivas
  • Gildo Matias, morador de Luanda, afirmou que “quando sobe o combustível, os preços da cesta básica também sobem. Foi uma forma errada, mas foi a única maneira que encontramos para nos manifestarmos. A vida está muito difícil”.
  • Hugo Guimarães, outro morador, testemunhou os confrontos no bairro Caop-B, em Viana, e afirmou que “nem todos os que estavam na rua eram manifestantes. Alguns aproveitaram os protestos para invadir armazéns e saquear, dizendo que faziam parte da manifestação. Mas a polícia também agiu mal, porque não é correto disparar contra o povo”.

 

Luanda. Caos e violência no 1º dia de greve dos taxistas – Observador
Conclusão
Os eventos levantam questões sobre a resposta do Estado às demandas populares, a escalada da repressão e o papel da juventude na luta por condições básicas de vida. O ativista Rafael Marques afirmou que a única pessoa que parece ter cabeça para pensar no país é o Presidente, que, segundo ele, não sabe governar, é extremamente incompetente e se cercou de pessoas tão incompetentes quanto ele.

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