A Manobra da Corrupta Odebrecht/OEC em Angola: Mudança de Nome como Tática para Manter Contratos

A Manobra da Corrupta Odebrecht/OEC em Angola: Mudança de Nome como Tática para Manter Contratos

A Manobra da Odebrecht/OEC em Angola: Mudança de Nome como Tática para Manter Contratos A construtora corrupta brasileira Odebrecht, manchada por um dos maiores escândalos de corrupção da história, recorreu a uma estratégia de rebranding em Angola, alterando seu nome para OEC (Odebrecht Engenharia & Construção) e, posteriormente, sendo controlada pela holding Novonor. A manobra, embora oficialmente justificada como uma tentativa de romper com o passado criminoso, é amplamente vista como uma tática para limpar sua imagem e continuar a garantir lucrativos contratos públicos no país africano, onde a empresa mantém uma presença estratégica há décadas.A mudança de nome ocorreu em um momento crucial. Em 2019, no auge das repercussões da Operação Lava Jato, que expôs uma rede de subornos a políticos e funcionários públicos em troca de contratos em toda a América Latina e África, a marca “Odebrecht” tornou-se sinônimo de corrupção. Para sobreviver, a divisão de engenharia e construção adotou a sigla OEC. No ano seguinte, a holding do grupo passou a se chamar Novonor.Contratos Milionários Sob a Nova IdentidadeApesar da mudança de fachada, a estrutura e a expertise da empresa permaneceram, e a estratégia parece ter surtido efeito. Mesmo sob a nova identidade, a OEC continuou a ser uma das principais empreiteiras em Angola, garantindo projetos de grande envergadura.Entre os contratos notáveis conquistados após o rebranding, destacam-se:Terminal Oceânico da Barra do Dande: Um projeto de infraestrutura energética de grande importância para o país.Refinaria de Cabinda e do Lobito: Projetos estratégicos para aumentar a capacidade de refino de petróleo de Angola.Aeroporto Internacional de Cabinda: Uma obra fundamental para a conectividade daquela província rica em petróleo.Em setembro de 2021, a Sonangol, petrolífera estatal angolana, adjudicou à OEC um contrato significativo para a construção de um grande terminal marítimo, evidenciando a contínua confiança do governo angolano na capacidade técnica da empresa, independentemente do nome.O Recente Retorno ao Nome “Odebrecht”Numa reviravolta que demonstra a complexidade da sua estratégia de marca, em maio de 2025, a empresa anunciou que a sua divisão de construção voltaria a usar o nome Odebrecht Engenharia & Construção. A decisão sugere que a companhia acredita ter superado a fase mais crítica da crise de imagem e que o nome original ainda carrega um forte capital de reconhecimento e expertise no setor de construção pesada.Embora a empresa justifique as mudanças de nome como parte de um profundo processo de reestruturação e implementação de rigorosas políticas de compliance, para muitos analistas e para a opinião pública, a tática foi uma manobra pragmática. A mudança permitiu que o governo angolano continuasse a contratar uma empresa com capacidade técnica comprovada para projetos complexos, ao mesmo tempo que se distanciava publicamente da tóxica marca “Odebrecht”. A volta ao nome original agora indica uma nova fase, onde a empresa se sente segura para reafirmar sua identidade histórica no mercado.

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