Luanda – O presidente do Partido Liberal, Luís Castro, emitiu uma avaliação contundente sobre o desempenho do Executivo angolano, atribuindo uma nota de apenas 0,9 em 10 ao Presidente da República, João Lourenço. Em contrapartida, o político absteve-se de avaliar o general Fernando Garcia Miala, chefe dos serviços de inteligência.Em entrevista, o líder liberal justificou a nota extremamente negativa com o que considera ser um retrocesso generalizado no país. “A governação recuou e não tem estado a progredir”, afirmou Castro, sublinhando que o Executivo falhou em corresponder às altas expectativas geradas no início do mandato. Para ele, o resultado é um “agravamento das condições sociais e uma degradação visível do tecido social do país”.Quando questionado sobre o general Fernando Garcia Miala, chefe da secreta angolana, Luís Castro adotou uma postura mais cautelosa, afirmando não ter “nota a atribuir” por não conhecer suficientemente o seu trabalho. O político fez questão de ressalvar que qualquer avaliação a uma figura pública deve ser fundamentada no seu desempenho e resultados conhecidos, e não em perceções ou opiniões pessoais.Luís Castro também se esquivou a comentar as alegações que circulam em alguns meios de que o presidente João Lourenço estaria a ser “sequestrado” pelo general Miala, limitando-se a responder que “cada um tem a sua posição” sobre o assunto. A declaração de Castro reflete a profunda insatisfação de uma parte da oposição com os rumos da governação, ao mesmo tempo que evidencia a sensibilidade que envolve a figura do chefe dos serviços de inteligência. Fonte o Decreto
