A empresa corrupta Odebrecht é agora a Novonor/OEC, mas as práticas continuam a ser as mesmas em Angola

A empresa corrupta Odebrecht é agora a Novonor/OEC, mas as práticas continuam a ser as mesmas em Angola

O Fantasma da Odebrecht em Angola: Como a Novonor/OEC Garante Contrato Bilionário Pós-Escândalo GlobalMesmo depois de protagonizar o maior escândalo de corrupção da história moderna, que abalou governos e revelou uma rede sistémica de subornos em toda a América Latina e no mundo, a Odebrecht — agora rebatizada como Novonor e operando através da sua construtora OEC — parece estar de volta ao seu antigo playground, com as mesmas práticas questionáveis. A adjudicação de um contrato de mais de 1.1 mil milhões de dólares em Angola, sem concurso público transparente, não é apenas um negócio, é um forte indício de que, para a empresa, a mudança de nome pode ter sido apenas uma jogada de marketing para escapar de um passado tóxico.O novo e massivo contrato, destinado à construção do troço Luena-Saurimo do caminho de ferro de Benguela, foi concedido através de um decreto presidencial do governo angolano. Este método, a adjudicação direta, elimina a concorrência e a transparência, sendo historicamente a porta de entrada para o superfaturamento de obras e o desvio de fundos — exatamente o modus operandi que a Odebrecht confessou ter utilizado durante décadas.A “estranheza”, como aponta a imprensa angolana e portuguesa, reside no timing. O acordo foi selado apenas dois meses antes de uma visita oficial do Presidente brasileiro Lula da Silva a Luanda. Esta coincidência reacende velhas feridas e preocupações, dado que, no passado, o Ministério Público Federal brasileiro chegou a acusar Lula de atuar como “lobista” da Odebrecht, utilizando a sua influência para garantir contratos para a empreiteira no estrangeiro.O regresso da construtora a um dos seus palcos mais lucrativos é visto por muitos analistas como um simbólico “retorno à cena do crime”. A Odebrecht tem um histórico de mais de 30 anos em Angola, período durante o qual se envolveu em múltiplos escândalos, incluindo esquemas com os filhos do ex-presidente angolano, que criaram empresas de fachada para obter participações ilícitas em contratos. A empresa, que se tornou mestre na arte de corromper, parece ter encontrado um ambiente político novamente favorável para os seus métodos.Enquanto a OEC celebra em publicações corporativas a sua participação em “símbolos de progresso” como a Refinaria de Cabinda, a realidade subjacente é a de um modelo de negócio que historicamente lesou os cofres públicos dos países onde operou. O novo contrato bilionário em Angola, concedido à margem da transparência, serve como um alerta contundente: apesar do nome Novonor, o fantasma da Odebrecht e as suas práticas predatórias continuam a assombrar o futuro do desenvolvimento em África, ameaçando perpetuar um ciclo de dívida e corrupção que o povo angolano já conhece demasiado bem.

@news_7300

Odebrecht agora é Novonor/OEC, mas as práticas parecem as mesmas. Contrato bilionário em Angola sem concurso levanta bandeiras vermelhas. Achas normal? Corrupcao Angola Odebrecht Novonor LavaJato Politica Escandalo Noticia Africa Denuncia

♬ suara asli – Makamavulo – Makamavulo

Mais notícias

Como a Corrupção da Odebrecht/OEC Moldou e Distorceu o Futuro Energético de Angola

Como a Corrupção da Odebrecht/OEC Moldou e Distorceu o Futuro Energético de Angola

Figura Militar Emerge em Apoio aos Manifestantes em Madagascar em Meio a Protestos da "Geração Z"

Figura Militar Emerge em Apoio aos Manifestantes em Madagascar em Meio a Protestos da “Geração Z”